Como instalar o Microsoft Windows 11, numa Máquina Virtual (Virtual Machine), no Microsoft Hiper-V

O Microsoft Windows 11, foi lançado, em 5 de Outubro de 2021, tendo já decorrido mais de 3 anos, desde o seu lançamento, sendo neste momento a melhor opção para sistemas Microsoft (faltando neste momento, pouco mais de 6 meses, para o término do suporte generalizado, da versão Microsoft Windows 10, em 14 de Outubro de 2025). O grande “drama” tem a ver com a compatibilidade de hardware dos equipamentos, existindo muitos sistemas não suportados para Microsoft Windows 11, sendo normalmente o componente critico, não suportado o processador (ou CPU (Central Processing Unit)), isto porque a Microsoft somente suporta processadores posteriores à oitava geração da Intel (ver por exemplo, Windows 11 supported Intel processors).

Para resumir de forma o mais abreviada possível, embora as máquinas possam ser suportadas com menos recursos (pode ver os requisitos oficiais, em Microsoft Windows 11 – System Requirements), aconselhamos no mínimo, os requisitos constantes do nosso artigo A migração do Microsoft Windows 10 para o Microsoft Windows 11, por outro lado poderá aí reler informação, sobre a instalação “normal” do Microsoft Windows 11.

De referir que neste artigo, vamos focar-nos numa instalação numa máquina virtual (virtual machine), como introdução a este assunto, sugerimos ler em primeiro lugar, os nossos artigos anteriores O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)? e Como se iniciar, com as Máquinas Virtuais (Virtual Machines)?.

Ao contrário de uma instalação numa máquina física, uma instalação numa máquina virtual (virtual machine), os requisitos de instalação para o Microsoft Windows 11 podem ser facilmente contornados, permitindo-nos a instalação e podendo estudá-lo numa máquina virtual, sendo este o principal objetivo deste artigo.
Como componentes críticos, normalmente não suportados, para uma migração para Microsoft Windows 11, temos por um lado o processador (ou CPU (Central Processing Unit)), isto porque a Microsoft somente suporta processadores posteriores à oitava geração da Intel (com pelo menos dois (2) núcleos); por outro lado, as máquinas devem ter suporte TPM (Trusted Platform Module) 2.0 (chip de segurança) e UEFI (Unified Extensible Firmware Interface) (alternativa recente à BIOS (Basic Input/Output System); pode consultar o nosso artigo O que é uma BIOS (Basic Input/Output System)?), com SecureBoot ativado, sendo as características anteriores, as mais prováveis para impedirem a instalação numa máquina física, do Microsoft Windows 11.

Para proceder à instalação numa máquina virtual, em primeiro lugar temos de criar uma máquina virtual de segunda geração (Generation 2 Virtual Machine), no Microsoft Hiper-V, por outro lado temos de garantir (opções da máquina virtual, Virtual Security >> Secure Boot + TPM (Trusted Platform Module)):

  • TPM (Trusted Platform Module) 2.0 Enabled
  • System Firmware UEFI (Unified Extensible Firmware Interface)
  • Secure Boot Enabled (Secure Boot can only be enabled with UEFI)

Para uma descrição detalhada do processo de criação da máquina virtual, poderá por exemplo, consultar o artigo Install Windows 11 VM on Hyper-V, poderá também ser útil consultar os seguintes artigos How to run a Windows 11 VM on Hyper-V e Step-By-Step: How to Create a Windows 11 VM on Hyper-V via PowerShell.

Para qualquer questão adicional, contacte-nos; a Dataframe tem profissionais habilitados, com largos anos de experiência e certificados, para todo o tipo de soluções complexas.

Pode também consultar, os nosso artigos anteriores (sugere-se a ordem de leitura abaixo):

O que é uma BIOS (Basic Input/Output System)?

Algumas breves notas sobre CPU (Processador), RAM (Memória) e Storage (Armazenamento)

Microsoft Windows 10 Fim de Vida (End of Life), Windows 11 e 12

A migração do Microsoft Windows 10 para o Microsoft Windows 11

O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?

Como se iniciar, com as Máquinas Virtuais (Virtual Machines)?

Data da última atualização: 31 de Março de 2025

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

Como se iniciar, com as Máquinas Virtuais (Virtual Machines) ?

As Máquinas Virtuais (Virtual Machines) não são muito diferentes de um computador físico, também necessitam de processador (CPU), memória (RAM), discos para armazenamento permanente (Storage)(pode consultar o nosso artigo Algumas breves notas sobre CPU (Processador), RAM (Memória) e Storage (Armazenamento)), um sistema operativo (pode consultar o nosso artigo O que é um Sistema Operativo (Operating System)) e software aplicacional; de forma muito simplista, diríamos que a grande diferença, é que em vez de terem hardware (um computador físico) só para si, existem dentro duma máquina física partilhada, com o chamado Hipervisor (ou Virtualizador) possibilitando a existência de diversas máquinas virtuais, numa mesma máquina física (como introdução, aconselha-se a ler primeiro, o nosso artigo O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?).

O objetivo inicial das máquinas virtuais, era poder executar aplicações de um sistema operativo, noutro sistema operativo, um dos primeiros Hipervisores (ainda muito básico) permitia executar uma máquina virtual Windows, dentro dum Apple Mac PowerPC (como Host); no fundo, permitia executar aplicações Microsoft Windows, num Apple Mac PowerPC. A versão chamava-se Virtual PC (era um emulador do hardware Intel x86), foi criado pela empresa Connectix em 1997 e adquirida pela Microsoft em 2003, tendo dado origem, ao produto Microsoft Virtual PC.

Para fazer o nosso primeiro teste, com máquinas virtuais, podemos utilizar como Hipervisor (Hyper-V no Microsoft Windows 10\11) usando qualquer máquina, com Microsoft Windows 10\ 11 (convém que tenha um mínimo de 8 GB de RAM e um processador Intel Core i5, ou superior e bastante espaço em disco livre), instalando o Hyper-V (por defeito não se encontra instalado; pode consultar, por exemplo Install Hyper-V on Windows 10), procedendo depois à criação da sua primeira máquina virtual (vazia, ou seja uma instalação de raiz). Para aprender como criar uma máquina virtual e instalar um sistema operativo, na sua nova máquina virtual (ou seja, proceder à criação da sua primeira máquina virtual), pode usar por exemplo o artigo Create Virtual Machine with Hyper-V on Windows 10. A única coisa adicional que você necessitará, é de um ficheiro .ISO para o sistema operativo (ou seja, o suporte de instalação do sistema operativo) que deseja instalar.

As máquinas virtuais são extremamente portáteis (são “imagens”, constituídas por simples ficheiros .VHD, ou .VHDX), podendo mover-se facilmente uma máquina virtual num Hipervisor, para outro Hipervisor noutro computador completamente diferente, de forma bastante rápida e eficiente, permitindo também facilmente backups (cópias de segurança), de forma bastante simples.

Numa segunda fase de testes e devido às características das máquinas virtuais, acima enunciadas, ou seja a facilidade de migração de máquinas físicas, para máquinas virtuais, se pretender começar a compreender um pouco melhor esta área; em primeiro lugar, poderá começar por utilizar o utilitário da Microsoft Disk2vhd que lhe permite criar as “imagens” (ficheiros .VHD, ou .VHDX) duma máquina física existente e lhe permitem criar um máquina virtual, com base nesse(s) disco(s); em segundo lugar, depois necessita de usar esses discos numa máquina virtual a criar, fazendo uso desses disco(s), em vez de instalar a máquina virtual de raiz).

O Microsoft Disk2vhd é um utilitário que cria versões VHD (ou VHDX) (disco rígido virtual, ou formato de disco de máquina virtual da Microsoft) de discos físicos, para utilização em máquinas virtuais (VMs) Microsoft Virtual PC, ou Microsoft Hyper-V. A diferença entre o Disk2vhd e outras ferramentas físicas é que você pode executar o Disk2vhd, num sistema que esteja Online (ou seja, em funcionamento normal). De referir que o formato original VHD, tem um limite de 2 TB (2,040 GB) para cada disco selecionado, devendo-se nesses casos selecionar a opção Use Vhdx (VHDX) (que não está selecionada por defeito), de referir que o formato VHDX (face ao formato VHD) possui ainda outras funcionalidades adicionais, não discutidas neste artigo.

Por fim, de referir que neste artigo, focamo-nos única e exclusivamente, em soluções de máquinas virtuais, fornecidos e suportados pela Microsoft.

Para qualquer questão adicional, contacte-nos; a Dataframe tem profissionais habilitados, com largos anos de experiência e certificados, para as soluções complexas anteriormente referenciadas e em especial para o seu adequado planeamento e dimensionamento.

Pode também consultar, os nosso artigos anteriores (sugere-se a ordem de leitura abaixo):

O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?

Algumas breves notas sobre CPU (Processador), RAM (Memória) e Storage (Armazenamento)

O que é um Sistema Operativo (Operating System)

Pode também consultar, as seguintes referências na Internet:

Virtual PC

O Que São Máquinas Virtuais e Como Funcionam

Introdução ao Hyper-V no Windows 10

Disk2vhd: Detailed Introduction to Convert Physical to Virtual Machine

Data da última atualização: 4 de Março de 2024

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)

O que são Máquinas Virtuais (VM – Virtual Machine)?

As Máquinas Virtuais, muitas vezes abreviadas como VM (Virtual Machine), não são muito diferentes de um computador físico, como um computador, servidor, smartphone ou tablet. As máquinas virtuais, também têm processador (CPU), memória (RAM), discos para armazenamento permanente (Storage) e podem inclusive ligar-se à Internet, caso necessário.

As partes que compõem um computador nas sua parte física (denominadas “hardware”) são tangíveis, as VM´s são (normalmente), encaradas como computadores virtuais, ou computadores definidos por “software” dentro de servidores físicos, existindo apenas como código.

A virtualização (de forma simplista) consiste no processo de criar uma versão baseada em “software” (ou “virtual”) de um computador, com quantidades dedicadas de processador, memória e armazenamento que são “emprestadas” por um computador anfitrião (Host) físico que pode ser um computador pessoal e/ou um servidor. As máquinas virtuais, na prática são ficheiros de computador, normalmente denominados “imagens” que são “executadas” num servidor de virtualização e se comportam como um computador tradicional.

As máquinas virtuais, na maior parte dos casos, estão num servidor de virtualização anfitrião (Host), onde são “executadas”, as “imagens” de cada máquina virtual (Guest´s); os sistemas operativos do sistema anfitrião (Host OS), pode ser diferente dos sistemas operativos da máquinas virtuais (Guest OS), sendo que cada sistema anfitrião pode ser partilhado por várias máquinas virtuais.

As máquinas virtuais (Guest) são executadas como computadores individuais, com sistemas operativos e aplicações individuais, têm a vantagem de permanecer completamente independentes entre si e por outro lado independentes, para com o computador anfitrião físico (Host) e não podem interferir com o sistema operativo principal, do computador anfitrião (Host OS).

As máquinas virtuais também são extremamente portáteis (são “imagens”, constituídas por simples ficheiros), podendo mover-se facilmente uma máquina virtual num Hipervisor, para outro Hipervisor noutro computador completamente diferente, de forma bastante rápida e eficiente, permitindo também facilmente backup´s (cópias de segurança), de forma bastante simples.

O software de virtualização, normalmente chamado Hipervisor (por exemplo, o Microsoft Hiper-V, ou o VMWare vSphere), ou Virtual Machine Manager, pode executar diferentes sistemas operativos, em diferentes máquinas virtuais, ao mesmo tempo. Caso pretenda iniciar-se nesta área, poderá começar pela Introdução ao Hyper-V no Windows 10; ou seja, também é possível ter um Hipervisor no seu computador local e iniciar-se nas máquinas virtuais.

As máquinas virtuais podem ser acedidas numa janela (dum computador cliente), como um ambiente de computação separado, utilizadas muitas vezes para executar um sistema operativo diferente (do computador cliente), normalmente usando protocolos, como por exemplo o RDP (Remote Desktop Protocol).

Por fim, a facilidade de migração de máquinas físicas, para máquinas virtuais, é um dos grandes trunfos da virtualização, se quer começar a compreender esta área, poderá começar pelo utilitário da Microsoft Disk2vhd que lhe permite criar as “imagens” (ficheiros VHD, ou VHDX) que lhe possibilitam criar um máquina virtual, com base numa máquina física (pode por exemplo, começar por criar uma máquina virtual do seu computador).

Data da última atualização: 23 de Janeiro de 2023

Autor: Paulo Gameiro – Dataframe (General Manager)